quinta-feira, 28 de maio de 2009

Malditas editoras!


É normal levantar a voz e reclamar dos jornais de TV, de filmes hollywoodianos, das novelas globais, mas um "braço da mídia" não recebe os devidos xingamentos. Cada vez mais eu me irrito com os lixos que são publicados com o intuito de ludibriar o leitor, mas isso fica para uma outra conversa, ou e, principalmente, com a descaracterização total de personagens consagrados pelo bem das vendas.

As editoras, especialmente Marvel e DC Comics as maiores do ramo dos quadrinhos, buscando aumentar as vendas de um setor sempre em perigo, utilizam histórias absurdas, sem sentido e totalmente esdrúxulas. Suas decisões parecem ser tomadas a partir de um cara ou coroa ou, pior, parecem surgir daquela famosa frase "sabe o que seria muito engraçado? ...".

Há muito tempo venho lendo os HQ de ambas as editoras com muito desgosto. Existe uma necessidade de super eventos, os quais juntam todas personagens de uma editora em uma única série que afetará todos os títulos da editora. Pra começar você tem que comprar um número absurdo de quadrinhos por mês, além de ler histórias que tendem a descaracterizar as personagens.

Acredito que o exemplo mais bem acabado seja o Homem-aranha. Por que ele é tão sensacional? A resposta é muito simples, a vida de Peter Parker é falha, cheia de problemas, ele enfrenta super vilões pensando na conta que tem que pagar pra sua tia. Quando ocorre um super evento o Peter Parker some, só existe o herói engraçadinho em uma situação apocalíptica.

Curiosamente, depois de algum tempo nessas megalomanias, os editores percebem que o público não gostou das alterações que as personagens sofreram e de seus rumos editorias. Eis que a algum idiota solta "sabe o que seria engraçado?...".

Imagina que alguém fale pra você o seguinte: "sabe o que seria engraçado? Fazer uma história em que Peter Parker tem uma escolha a fazer: a vida de sua amada Tia May ou sua vida com MJ. Pra isso a gente pega o Mefisto (versão do capeta no Universo Marvel) e ele propõe salvar a vida da Tia May se Peter Parker aceitar trocar todas as lembranças que ele tem de MJ, apenas um minúscula parte de sua alma se lembraria de seu amor. Ele justificava essa troca falando que o amor entre Parker e MJ ocorre a cada sei lá quantos séculos e ele ia gostar de escutar os gritos de dor daquele pedacinho da alma de Parker ecoando pela eternidade.

Não sei o que você diria, eu provavelmente demitia o retardado. Pena que é um outro que manda no lugar. Eis que essa história contada por cima realmente foi publicada e se chama "One More Day". Nesse ponto a pessoa com o mínimo de bom senso desiste de quadrinhos. Pena que eu não tenho bom senso.

Na mesma época eu li uma crítica, nela o autor coloca essa história como uma daquelas que no futuro será usada como parâmetro para lixo. O garotinho ia falar: "Pô isso aqui é quase tão ruim quanto One More Day". Se a conversa fosse comigo eu respondia: "Não exagera".

Passaram-se dois anos e eu leio sobre a famigerada morte de Bruce Wayne e a utilização do manto por outro herói. Na hora me veio a cabeça uma única coisa: One More Day. Meu medo variava, me perguntaca como, por que, pra que, quem foi o imbecil? Depois de meses da notícia acabo de concluir a leitura de Battle for the Cowl, a história que revelaria o novo Batman.

A história é um lixo, muito ruim mesmo. Um tanto óbvia e dispersa, não podia te sido mais focada não? Mas o que mais doeu é saber que ainda vão passar alguns meses com outro sob o Manto. Isso porque eu não falei sobre outras patifarias como Guerra Civil, morte do Capitão Améria e seu eminente renascimento, World War Hulk e finalmente Dark Reign.

Afeeeee, nem vamo chegar em Dark Reign.....

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