terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ahhhhh Fundraising....

A arte de arrecadar dinheiro nada mais é do que a arte de vender um produto. Muita gente aqui, entenda-se americanos, ficam totalmente desconfortaveis com a idéia de pedir dinheiro em frente de lojas, em ruas ou até mesmo no famigerado método "door to door".

Eu me sinto totalmente a vontade porque não me enxergo pedindo dinheiro, mas vendendo uma idéia e um projeto em que acredito. Se eu fizer a pessoa acreditar, ela vai dar seu dinheiro.

Com o objetivo de praticar e aprender técnicas de fundraising, nós fomos no último sábado para em três cidades diferentes. Uma no estado de Vermont e outras duas no estado de Nova York.

Meu desempenho foi nada menos do que espetacular sendo direta e indiretamente responsável por metade dos 500 dólares arrecadados pelo meu grupo (eu, Elea, Nao, Tae, Kim). O curioso é as figuras que a gente encontra nesse tipo de coisa.

Uma das minhas preferidas era uma americana desempregada que tava indo comprar vinho.

"I came to buy wine (cara de dúvida com uma ponta de culpa ao ver as infos sobre a África). Thats what unemployed people do, you know?", disse a quarentona que logo em seguida saco 5 dólares e fez a gente jurar que não iriamos pra zonas de guerra.

Outra coisa engraçada são as técnicas, uma das minhas preferidas é jogar com a culpa das pessoas. Sempre começo com um : "Excuse me, would you like to help Africa?". A pergunta maldosa é muito boa porque as pessoas não conseguem falar não. Elas param, fazem caretas de dúvidas, reclamam da malicidade na pergunta e etc.... mas o melhor é que eles param e se eles param eles dão dinheiro.

Pois bem, tudo foi a mil maravilhas e no final o nosso time arrecadou 1300 dólares somando as três cidades. Alcançamos nosso objetivo (125 dólares por pessoa) e mal podiamos esperar pelo começo da nossa viagem.

Eu sabia que o resultado, porém, havia sido enganoso. Primeiro proque fomos em lugares altamente liberais e com grande inclinação a nos ajudar e segundo porque era fim de semana e o movimento em lojas e a disponibilidade das pessoas é outra. Mas nunca pensei que a nossa viagem em NJ começaria tão difícil.

ps-> devido ao meu cansaço e preguiça não existe revisão nesse blog, muito menos preocupações gramaticais e ortográficas.

Fundraising

Essa é com certeza a parte mais importante do nosso tempo nos EUA: Fundraising. Basicamente para pagar nossas despesas na África e manter os programas o time como um todo necessita arrecadar uma quantia X de dinheiro. A quantia é o número total de membros do time vezes 6000 mil dólares. No meu caso o resultado é 72000 dólares.

Para conseguir essa quantia singela são dadas 8 semanas divididas em quatro viagens para pedir dinheiro. Cada viagem dura 2 semanas e os destinos são pré-determinados pela ONG. Eles dizem que a gente pode expressar nossa opinião mas na real não rola nada disso não.

Os preparativos da viagem requerem muito tempo. A minha função primária foi encontrar casa e hospedagem pra todo mundo. Como o nosso orçamento é muito baixo a gente tem que morar na casa dos outros de favor. Então eu preciso entrar em algumas comunidades na internet em que as pessoas disponibilizam lugares em suas casas. Eu consegui casa pra todo mundo relativamente rápido e mais impressionante consegui duas casas pra 5 pessoas por duas semanas. Uma em Nova Jersey e outra em Washington. As outras duas pessoas vão para a casa de uma tia de uma garota do time também em NJ.

Outra função é arrumar lojas que disponibilizam espaço na calçada pra gente montar mesas e pedir dinheiro, além de ligar para a polícia municipal de cada cidade que a gente vai para pedir por uma permissão de fundraising. Em algumas cidades é realmente sofrida a permissão.

Outras funções involvem a localização de bons "pontos", a adminsitração do dinheiro, manutenção dos veículos, criação de material para divulgação como posters e etc.....

Eu, Elea, Nao (japao), Tae (corea) e Ju Hee (corea) viemos para NJ. Hoje é nosso segundo dia aqui e a coisa ta tensa hehehee.......

ps-> a imagem é o logo do nosso time criado pelo porto riquenho....

domingo, 16 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Moçambique

Só pra esclarecimentos.....

terça-feira, 11 de agosto de 2009

E o país será....

Tenho várias coisas pra contar e, principalmente, explicar, mas agora só uma coisa importa: o país que eu irei morar na África.

Basicamente, temos que distribuir as posições recebidas da sede entre os nossos grupos, quando digo posições me refiro às vagas disponíveis em cada projeto. Por exemplo: duas vagas para o projeto Child Aid (cuidar de crianças) em Angola, uma vaga no projeto EPF (ensinar jovens a serem professores) e assim por diante.

Com a maioria já sabe, eu e a Elea temos prioridades como trabalho com crianças e uma região que não seja metropolitana. A primeira porque a gente gosta de criança e a segunda por causa da violência dessas regiões.

Outra prefêrencia seria por um país receptivo, ou seja, um povo aberto aos estrangeiros. Eu particularmente sempre gostei da Namibia.

Vale lembrar que a Namibia é um país que utiliza o inglês como lingua oficial. O que faz do país um problema para nós, não por causa da lingua, mas pela competição dos outros membros do time.

Como havia mencionado anteriormente, o time é muito diversificado e tirando eu, Elea, Zach (americano) e Orlando (porto riqueno), todos querem ir para paises de lingua inglesa. Inclusive o casal brasileiro que nada sabem do idioma.

O que já era difícil de encaixar ficou ainda mais quando as posições chegaram essa noite e havia apenas 6 vagas para 8 pessoas que queriam ir para países de lingua inglesa. Ficou ainda pior quando apenas na Zambia existia um programa envolvendo crianças com duas vagas disponíveis.

Vaga vai e vaga vem, discussão daqui e ali e ninguém sabe ao certo o que quer. Por sorte ainda existe a possibilidade de Kim (americana) e Brian (irlandês) poderem ir apra a Namibia. O remanejamento das vagas ficou mais fácil, mas não é por isso que deixou de ser difícil.

Nao (japão) conseguiu o que queria e foi para Africa do Sul ver a Copa do Mundo, assim como a tímida Amy (sul coreana). Zach desde o princípio gostaria de ir para Moçambique e com 6 vagas a coisa tava fácil. Orlando também não teve problemas.

Min (sul coreano) quer de qualquer jeito ir para país de lingua inglesa ensinar adulto ou criança, como as vagas da Zambia no projeto infantil já tinham sido ocupadas ele pediu por mais opções e pela procura de uma vaga no Malauí.

Ah! A vaga das crianças na Zambia ficou para o Ana e Julio (brasileiros) que não falam nada de inglês. Por motivos diplomaticos preferimos não disputar com eles essa vaga. Então sobrou apenas dois países pra ir.

Optamos pelo segundo, ao norte, onde visitaremos belas praias e, muito provavelmente, moraremos de frente para uma delas. E uma das coisas mais legais é que teremos nosso vizinho de quarto Zach como companheiro de viagem.

domingo, 9 de agosto de 2009

O Time

Uma das grandes preocupações aqui no programa é saber quem irá fazer parte do seu time. O time é basicamente o grupo de dez a quinze pessoas que você (voluntário) conviverá diretamente pelos próximos seis meses. Dividindo uma casa e as tarefas diárias, além de estudar e arrecadar dinheiro (essa parte eu expico outra hora).

Então, o meu grupo composto por 12 pessoas é muito bom e legal. A galera é super tranquila e gente boa, engraçada e de várias partes. São quatro brasileiros, um irlandês, dois americanos, um japonês, três coreanos e um porto riquenho. A grande maioria fala muito bem inglês então é muito susssa a comunicação.

Mesmo assim acontecem algumas coisas no mínimo hilárias no que diz respeito às diferenças cultutais. A maneira de se dirigir à outra, o respeito demonstrado, timidez, o tipo de piada e etc...

Os coreanos por exemplo passam qualquer objeto com as duas mãos e os recebem também para demonstrar respeito pela outra pessoa. Agora imagina quando eles pedem uma coisa e um brasileiro joga pra eles. Comédia.

A preguiça tá grande pra escrever, a semana foi realmente lotada. Para se ter uma idéia, ontem o nosso grupo fez uma caminhada de 4 horas para subir a montanha mais alta da região. Tenso!

Com o passar do tempo foi postar mais e mais.... agora eu finalmente to pegando o ritmo da coisa....